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Reflexões sobre o cotidiano: violência contra a mulher

  • Bianca Módolo
  • 17 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Na última quinta-feira (16), realizamos um encontro no “Módulo Consultório de Psicologia” com profissionais de áreas diversas e que de alguma forma atuam com a questão da Violência contra a Mulher. Também convidamos advogados, sociólogos, psicólogos, DDM, Terapeutas Ocupacionais, entre outros para estarem conosco neste momento.


O objetivo do encontro foi fomentar uma discussão sobre a recorrência de episódios que temos acompanhado evolvendo a vitimização feminina, seja através de violência doméstica, sexual, ameaças, agressões psicológicas, entre outras possibilidades de constrangimento à mulher. Entendemos que em quaisquer dessas situações, existem duas vias de compreensão sobre o fato, uma sobre a vítima e outra sobre o malfeitor.


Nesta oportunidade, me deterei mais nos aspectos da mulher vitimizada, considerando tratar-se de uma pessoa com os níveis de apropriação de si mesma rebaixados, e por isso carente de exercício psíquico, e legível para um trabalho de “vir a ser”, ou seja, tornar-se alguém capaz de desvincular-se psicologicamente daquele que a agride.

Consideramos o quanto chama a atenção a reincidência dos mesmos casos, o que nos aponta justamente para as dificuldades destas mulheres agredidas em emanciparem-se destas situações de coação e violência. Devido a existência de poucos recursos para tornarem-se protagonistas da própria vida, ficam com poucos movimentos proativos que poderiam ser suficientes para conduzi-las a outro contexto não apenas social, mas em especial anímico.


As discussões no encontro, caminharam no sentido inclusive das questões educacionais que proporcionam significativas perdas no desenvolvimento global do indivíduo. Esta realidade favorece que sintomas permeados de violência fiquem manifestos da dinâmica social. Lembramos dos constantes casos de suicídio que tem despontado entre adolescentes como reflexo desta dinâmica, assim como a própria Violência contra a Mulher como manifestação desta realidade tão faltosa de recursos diversos necessários para a constituição individual.


Trabalhei com o respaldo de alguns pequenos vídeos, entre eles a música da cantora Nina Simone (Ain't got no i got life); música da cantora brasileira, Elza Soares (Maria da Vila Matilde); documentário sobre violência contra a mulher, em que os participantes tiveram contato direto com histórias emocionantes e inspiradoras - o vídeo apresenta a reação de algumas pessoas (entre elas, os influenciadores digitais Hel Mother e Lorelay Fox), diante de histórias tristes e impactantes de violência doméstica contra mulher; entrevista veiculada pelo Roda Vida (TV Cultura) com Camille Paglia Anna, crítica acadêmica e social, professora na Universidade da Filadélfia desde 1984, descrita pelo New York Times como uma das maiores educadora de nosso tempo, acerca da violência contra a mulher e dados de pequisa que traz os números da violência contra a mulher no Brasil. Tais vídeos são capazes de estimular a discussão sobre a temática proposta, e aproveito para aqui veiculá-los como forma de substanciar um pouco mais o estudo do leitor!

Violência contra a mulher no Brasil em números

Vale ressaltar sobre a proposta deste texto e do encontro realizado, que de maneira alguma objetiva esgotar as questões referentes ao tema abordado, mas sim auxiliar no fomento de questões de tamanha importância na discussão e reflexão.


Agradecemos a "MZ Decor", que sempre tão prontamente nos auxilia com recursos técnicos.

 
 
 

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