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Sobre as desavenças que não são cuidadas

  • Bianca Módolo
  • 25 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Neste momento do ano, em que se aproximam as comemorações natalinas, revisitei uma entrevista que dei há alguns anos ao jornal Tem Notícias, afiliada da Rede Globo, em Itapetininga. O tema que foi abordado naquela oportunidade, dizia respeito a ideia de como evitar os desencontros afetivos durante as festividades natalinas.


Devido a data estar se aproximando, entendi com interessante novamente abordar o assunto, conferindo as reflexões feitas sobre a importância de atender os desafetos emocionais no decorrer da vida. Considera-se não compreender que uma data comemorativa é capaz de liquidar os desacordos provenientes das junções sociais e familiares.


A noção de que uma festividade, seja ela o natal, aniversários, feriados de uma maneira geral, são portadores do poder de dissuadir possíveis indisposições nas relações interpessoais, não deixa de ser um entendimento preocupante e carente de atenção.


Sabe-se que este momento do ano é uma época em que comumente os parentes se encontram objetivando a confraternização, no entanto ocorre que também acompanhamos o quanto é comum que estas reuniões sofram alguns desvios e acabem se desenrolando de maneiras desagradáveis.


Existem duas situações consideráveis de serem olhadas para se compreender mais detidamente o que ocorre nestes eventos sociais. Uma delas diz respeito a percepção de si mesmo, onde muitas vezes se nutri a ideia de que magicamente as diferenças nas relações serão abolidas nestas oportunidades.


Outra consideração baseia-se na necessidade individual e desejo de rever tais sentimentos adversos sobre o outro, propondo-se a cuidar internamente destes conteúdos emocionais que não encontram um espaço íntimo para serem alocados.


Há que se considerar, que um mal-estar psíquico é algo que não se dilui no tempo da sociedade moderna, mas que para ser ponderado, necessita de inserção em si mesmo, assim como a compreensão que este trabalho se dá fora do cronômetro do relógio, mas sim no tempo emocional de cada um.


Desta forma, fica viável considerar que toda e qualquer reunião entre pessoas, não deixa de ser o reflexo dos sentimentos e pensamentos de seus participantes. Neste sentido, fica o convite para a auto percepção comportamental em situações sociais, assim como a importância de promover os espaços internos objetivando ser mais continente as adversidades e diferenças do outro.


Aproveito para neste breve texto reflexivo, disponibilizar a entrevista a que me refiro no início destas palavras.


 
 
 

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