top of page

Sobre Suicídio

  • Bianca Módolo
  • 17 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Neste pequeno texto, explanarei sobre um assunto de relevância significativa no que se refere à discussão – o suicídio.


Para melhor compreensão desta temática, algumas considerações se fazem necessárias:

  • O ato não tem faixa etária exclusiva, tendo maior incidência da adolescência até os 35 anos de idade, quando é uma das principais causas de morte. 35% dos adolescentes brasileiros tem ideação suicida;

  • A existência de algum transtorno mental favorece que o indivíduo tenha predisposição ao ato (depressão, crise de ansiedade, transtorno bipolar, Alzheimer, Parkinson, uso/abuso álcool e/ou drogas, psicose, esquizofrenia, entre outros)

  • O diagnóstico de transtorno mental não é indicativo de prática do suicídio. Um indivíduo sem nenhum transtorno mental e com uma vida mental em equilíbrio, também pode ser patente para a prática do mesmo.

  • Um momento de crise psíquica, despertada a partir de dificuldades financeiras, luto, evento traumático, perda do emprego, desastres naturais, guerras, receber o diagnóstico de uma doença, divórcio, entre outros, podem despertar o movimento na pessoa em direção ao ato.

  • Segundo a OMS, o suicídio é a causa de morte de um milhão de pessoas por ano, sendo a décima causa no mundo.

  • A indução ao suicídio é compreendida como crime que infringe o artigo 122 do Código Penal, sendo previsto de 2 a 6 anos de reclusão.

O suicídio é um assunto que deve ser tratado com o máximo de seriedade e que demanda respeito e responsabilidade por parte daqueles que de alguma forma estão envolvidos com a situação. Compete aos familiares, tutores, responsáveis, escolas, grupos sociais, entre outros, a atenção e cuidado aos possíveis sinais de instabilidade psíquica, àqueles que acompanham, realizando o acolhimento, oferecendo escuta e, se necessário, efetivando encaminhamento a profissionais que trabalham com o assunto, como a psiquiatria e psicologia.



Aproveito para pontuar sobre alguns comportamentos que podem indicar ideação suicida. Importante atenção a situações, como: querer desaparecer, querer dormir para sempre, ir embora e nunca mais voltar, relato de desejo de morrer. Aquilo que pode parecer uma brincadeira de momento, deve ser levado a sério, pois frequentemente esta é a maneira que a pessoa está encontrando de comunicar suas ideias e/ou pedir ajuda.


Quando se fala em suicídio, também é considerável a questão da eutanásia, que é o direito de morrer sem sofrimento, proporcionado pelo médico, quando o paciente acometido por doença incurável e sofre dores insuportáveis.


Esta questão é bastante controversa, quando se compreende que cabe ao outro efetivar o ato, uma vez que o próprio indivíduo encontra-se com limitações físicas e/ou mentais, suficientes para impossibilitar que o ato feito seja por si próprio. Neste sentido, alguns compreendem tratar-se de homicídio, não eutanásia.


O indivíduo que tira a própria vida, entende ser esta uma alternativa viável para a solução de conflitos que vem vivenciando.


Frequentemente os indivíduos que se matam, o fazem devido um momento de crise socioeconômica, familiar ou individual.


São sinais de alerta, no que se refere a possível instabilidade emocional: distúrbios do sono (como insônia), transtornos alimentares, descaso com higiene / cuidados pessoais, alucinações, delírios, persecutoriedade, pouca socialização. Também chamam atenção riscos desnecessários, como: sexo inseguro, direção agressiva, andar em locais perigosos, entre outros. Estas situações podem chamar atenção no que se refere ao cuidado psíquico, e desta forma o profissional da área “psi” poderá proceder da forma mais adequada.


Outros fatores de atenção que devem ser considerados, são: planejamento de suicídio, acesso ao método e tentativas anteriores.

Apontam como necessidade de cuidado e que podem vir a estimular a ideação suicida, indivíduos com uma rede de apoio social restrita, nível socioeconômico / educacional baixos, traumas, abusos físico / sexual, baixa auto estima, desesperança, entre outros.


Deixo como alerta a necessidade de cuidado aos indivíduos com as características descritas, pois eles podem estar apresentando sinais importantes quanto ao risco de suicídio.

Deixo como alerta a necessidade de discutir constantemente este assunto que brevemente considerei neste singelo texto

 
 
 

Comentários


bottom of page